Dar feedback pode parecer um bicho de sete cabeças. “Será que a pessoa vai levar a mal?”, “E se eu for demasiado duro?” ou “Como é que começo esta conversa?” são dúvidas super comuns. Mas a verdade é que bem feito é uma das ferramentas mais poderosas para fazer a sua equipa crescer, alinhar expectativas e melhorar resultados.
Pontos Chave
- Não é crítica, é oportunidade de crescimento.
- Deve ser dado com empatia, clareza e foco em ações concretas.
- Ouvir também faz parte do processo.
- Quanto mais natural e frequente, mais eficaz o feedback se torna.
Tabela de conteúdos
1. Afinal, o que é feedback?
É, no fundo, uma conversa. É quando você partilha com alguém o que achou de uma atitude, comportamento ou resultado, seja para reforçar o que está a funcionar bem, seja para ajustar o que pode melhorar. Não é crítica, não é julgamento, é orientação.
1.1 Porque é importante dá-lo com frequência?
Simples: sem feedback, ninguém sabe se está no caminho certo. As pessoas ficam na dúvida, perdem confiança e a produtividade desce. Agora, quando há feedback claro e frequente, a equipa sabe o que se espera dela, sente-se mais segura e envolvida.
1.2 O que evitar quando o der?
Evite cair em armadilhas como:
- Apontar o dedo à pessoa (em vez de falar do comportamento)
- Ficar meses sem dar nenhum retorno e depois “descarregar tudo”
- Usar tom crítico ou distante
- Ser vago, como “tens de melhorar a tua postura”
Quanto mais concreto e respeitoso for, melhor.
2. Como dar feedback na prática? 5 dicas que funcionam
2.1 Prepare a conversa
Não vá dar feedback “no calor do momento” se estiver irritado. Respire. Pense no que quer dizer, em que contexto aconteceu e qual é o teu objetivo com aquela conversa. O ideal é que o ambiente seja calmo e sem distrações.
2.2 Fale de forma direta, mas empática
Nada de rodeios, mas também nada de agressividade. Em vez de dizer “és irresponsável”, prefira algo como:
“Notei que os relatórios das últimas semanas atrasaram. Está tudo bem? Como posso ajudar para que isso não volte a acontecer?”
Percebe a diferença?
2.3 Comece com o que está bom, depois sugira o que pode melhorar
Essa técnica é clássica, mas ainda funciona muito bem: primeiro reconhece algo positivo, depois fala do ponto a melhorar e termina com incentivo.
2.4 Escuta
Feedback é troca. Pergunte o que a outra pessoa acha, como se sentiu, se precisa de apoio. Isso cria conexão e evita defesas. E mais: você também pode descobrir coisas que não sabia.
2.5 Torne isso uma rotina leve
Feedback não é só para reuniões formais. Pode ser no café, numa call rápida ou no fim de um projeto. O segredo é não deixar acumular e tornar o feedback algo natural, do dia a dia.
3. Criar uma cultura de feedback faz toda a diferença
Quando a empresa estimula o feedback aberto e honesto, sem medos ou julgamentos, os colaboradores sentem-se mais valorizados, confiantes e envolvidos. E o melhor? A produtividade aumenta, os conflitos diminuem e a equipa fica mais alinhada com os objetivos da empresa.
Mas, claro, isso exige consistência. Treinar líderes, criar momentos regulares de feedback e até usar ferramentas que ajudem nesse processo pode ser um grande diferencial.
